quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Para que lado os ventos sopram?

Existe muito investimento em desenvolvimento nas tecnologias de geração eólica atualmente. Por todo o globo, empresas dedicam seus recursos em diversas áreas de melhoria das tecnologias vigentes gerando novos produtos e designs.

A pergunta fica no ar por que muitas instituições apontam pelo crescimento do parque eólico de forma distribuída na rede, o que tem diversas implicações econômicas e técnicas.

Outras destas instituições apontam que a viabilidade dos parques eólicos está associada à concentração da geração eólica em sistemas de maior porte e maior rendimento.

A decisão sobre qual lado a tecnologia segue é importante para você. Porquê? Bem, por que daqui a alguns anos você vai estar vendendo energia para a rede de distribuição ao invés de consumir.

Mas como isso? Onde compro meu gerador eólico ou painel fotovoltáico? Como eu vendo isso para a minha distribuidora? Bem, estas perguntas vamos responder nos próximos posts.

O objetivo deste é apontar os dois grandes troncos de desenvolvimento de aerogeradores.
Traduzindo a pergunta título: Grande aerogerador ou pequeno?

4 desenvolvimentos recentes representam esta "disputa". Não se caracteriza por uma disputa propriamente dita pois os mercados envolvidos são diferentes, mas vamos a elas:


Pensando Grande

A
Joby Energy está tabalhando num novo design de aerogeradores alçados por cabos. Algo parecido com o já apresentado desenho da Sky WindPower (http://energiaonde.blogspot.com/2008/12/sim-no-ar-e-mais-alto.html).

Há a tendência de que os aerogeradores se tornem simplesmente maiores para aumentar sua eficiência. Empresas já consagradas na fabricação de aerogeradores convencionais de 3 pás estão entregando modelos de 3MW à 4,5MW.

A Alston entregou em junho deste ano seu novo modelo ECO 110 com 3MW e 110 metros de altura para médias e baixas velocidades, visível à direita.

Outras empresas do ramo, a Gamesa em parceria com a Siemens Energy, possuem seu modelo de grande porte G128-4.5 MW que cobre um área de 12,868 m², com pás de 32 metros de comprimento.

Neste nicho de mercado ainda temos o grande da ENERCON com 7MW instalado em Endem, Alemanha.

Mas a Inglaterra se adianta e encomenda com a
Clipper Windpower um modelo de 7,5MW remodelado para 10MW e com uma envergadura aproximada de 175m de pás.

Isso representa uma tendência de menos parques e mais aerogeradores de grande porte operando isoladamente.


Somos pequenos, mas muitos

Na contra mão as Smart Grids
lestão possibilitando a conexão de sistemas de pequeno porte de forma distribuída. Assim, pequenos investidores e parques eólicos de menor porte estão sendo projetados mundo afora.


Impulsionadas por novas tecnologias que aumentam a eficiência de pequenas unidades tornando viável a venda direta às distribuidoras como já é feito em alguns países com a energia solar. Geralmente estas inovações estão na área da mecânica de fluídos, mudando paradigmas de conversão de energia de fluidos.

Dois exemplos são a Flo Designs e a Solar Aero, duas organizações que desenvolvem tecnologia para pequenos aerogeradores visando aumentar a densidade de parques eólicos, eficiência na conversão da energia do fluxo passante e diminuir o impacto visual das torres e envergadura massiva das pás usuais.

A figura acima é exemplo dos avanços da Solar Aero no desenvolvimento de turbinas sem pás do tipo Fuller.

O vídeo a seguir é uma demonstração da Flo Designs.



E no próximo post eu conto em que pé anda a possibilidade do cidadão comum vender energia. Até.